Durante o webinar que decorreu no dia 27 de setembro, Violência Sexual nas Relações de Intimidade (VSRI), dirigido , entre outros profissionais, a docentes, foi apresentado o projeto Violência Sexual nas Relações de Intimidade, promovido pela CIG em parceria com a Associação para o Planeamento da Família, que visa o reconhecimento da violência sexual como uma forma de violência nas relações de intimidade e a mudança de atitudes e comportamentos na intervenção com estas vítimas.
Este projeto em que o Ministério da educação participou, alavancou a formação nesta área (VSRI) de cerca de 100 docentes durante o ano de 2019.
Durante a sessão, foi divulgada a campanha, Violência Sexual nas Relações de Intimidade, composta por um vídeo de alerta e por um manual de boas práticas destinado a profissionais de setores estratégicos (PDF). No caso da educação, não é objetivo lidar com as vítimas adultas, mas é fundamental desenvolver um trabalho centrado na prevenção da VSRI.
"A aprendizagem de competências individuais está associada à prevenção da violência sexual, nomeadamente competências de aprendizagem socioemocional (e.g., empatia, gestão de conflitos, comunicação), competências relacionadas com o namoro e relações íntimas saudáveis, empoderamento e educação sexual. Fortalecer competências individuais e sociais nesta área pode ajudar a reduzir a vitimização sexual."
"A educação sexual abrangente é um processo de ensino-aprendizagem de base curricular que explora os aspetos físicos, cognitivos, emocionais e sociais da sexualidade humana, reconhecendo a importância da igualdade de género para a prevenção da violência sexual."
"De acordo com as orientações da UNESCO (2018), os programas de educação sexual abrangente devem basear-se em oito conteúdos programáticos, contemplados também no Referencial de Educação para a Saúde:
1. Relações;
2. Valores, direitos, cultura e sexualidade;
3. Género;
4.Violência e segurança;
5. Competências para saúde e bem-estar;
6. Corpo humano e desenvolvimento;
7. Sexualidade e comportamento sexual;
8.Saúde sexual e reprodutiva."
pp.61 a 63 do Manual de Boas Práticas