Votação - provérbio do mês de DEZEMBRO
PROVÉRBIO DO MÊS DE DEZEMBRO
Avaliadas pelo juri, com base na originalidade e fundamentação apresentada, as “novas” propostas que pretendem dar a volta ao texto a antigos provérbios, a votação, entre 1 e 5 de janeiro.
Relembra-se que não são considerados pelo júri, de acordo com o ponto 16 do regulamento, provérbios originais (frase original), que já tenham sido alvo de distinção pela sua rescrita
# Provérbios a votação (por ordem cronológica de chegada):
Mulher ao volante, perigo constante: O provérbio atribui à mulher a incapacidade e a culpa dos perigos/riscos na condução rodoviária. O provérbio foi reconstruído/reformulado para dar conta de que tanto as mulheres como os homens são igualmente responsáveis pelas atitudes que têm ao volante.
# “Homem ou Mulher ao volante, a atenção deve ser uma constante”
A mulher e a mula, o pau as cura: Os homens querem que as mulheres obedeçam e façam tudo como eles desejam. Se não obedecerem, partem para a violência, da mesma forma como domesticam um animal, com pancada. Este provérbio não faz sentido uma vez que as mulheres fizeram valer os seus direitos e são suficientemente autónomas para não dependerem da vontade masculina.
# “A mulher não precisa de ser curada”
Homem, na praça, mulher, em casa: Este provérbio significa que as mulheres são donas de casa, cuidam dos filhos e não têm o direito de trabalhar fora, ficando a depender dos homens; em contrapartida, os homens podem ter vida social, podem sair, podem conviver. O provérbio está desatualizado tendo em conta tudo o que a mulher conquistou para ter os direitos que, hoje, lhe são reconhecidos e a põem fora de casa, em lugares de destaque na sociedade.
# “Homem e mulher juntos, em casa e na praça”
A mula e a mulher, com pancada se quer. Este provérbio realça o machismo e ser machista é recusar a igualdade de direitos e deveres entre os géneros sexuais. É uma expressão que incentiva a violência contra as mulheres, dá a entender que o homem é que deve mandar na mulher e se ela não obedecer deve levar pancada. Neste provérbio o homem considera-se superior, é ele que “MANDA” na mulher e compara-a a uma mula, animal que, na sociedade é interpretado como muito teimoso. Quem lê este provérbio entende que a violência contra as mulheres é algo normal, natural e só assim o homem a mantém calada, submissa, oprimida e acaba com a sua teimosia em fazer-se ouvir. Este tipo de expressões, mesmo que sejam de cariz tradicional devem ser rejeitados para que não sejam entendidas como uma máxima a seguir.
# "Pancada nem na mula nem na mulher, respeito é o que se quer!”
O barco segue o leme, a mulher segue o homem. O provérbio inicial estabelece uma relação de dependência do barco com o leme e da mulher para com o homem. Esta é uma ideia que , na nossa opinião, precisa de ser cada vez mais ultrapassada e desenquadrada da sociedade, pois, a mulher também possui capacidades tanto físicas como psicológicas, para "conduzir" a sua vida de forma independente, alcançando os seus objetivos e ultrapassando quaisquer obstáculos.
# "O barco segue o leme que o homem e a mulher seguram"
Votação disponível entre 1 e 5 de janeiro 2023.
Nota: Cada dispositivo eletrónico só permite 1 voto.