Em maio de 2011, em referência ao Dia Internacional contra a Homofobia, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, declarou:
"[...] Em última análise, a homofobia e a transfobia não são diferentes do sexismo, da misoginia, do racismo ou da xenofobia, enquanto essas últimas formas de preconceito são universalmente condenadas pelos governos, a homofobia e a transfobia são muitas vezes negligenciadas. A história mostra-nos o terrível preço humano da discriminação e do preconceito. Ninguém tem o direito de tratar um grupo de pessoas como sendo de menor valor, menos merecedores ou menos dignos de respeito [...]"
Este ano, no dia 17 de maio em Paris, Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, lembrou, durante a Primeira Conferência Mundial sobre a promoção e inclusão dos jovens LGBTI+ (Paris 2021) que, numa fase em que o mundo tenta ultrapassar desafios e consequências colocados pela crise pandémica da Covid-19, torna-se ainda mais importante o apoio a pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e intersexo (LGBTI), renovando o compromisso coletivo na defesa dos direitos humanos e combate a todas as formas de discriminação e violência.
Todas as pessoas LGBTI têm o direito de ser respeitadas e olhadas com dignidade em todas as circunstâncias em relação à sua orientação sexual ou identidade de género.
É fundamental vencer a luta contra estes preconceitos e discriminação ainda em algumas mentalidades; é por isso um projeto de longo prazo, onde é necessário abrir espaço para atividades educativas e de conscientização.
Relembramos por isso o webinar realizado no dia 4 de maio, “Olhos nos Olhos, Sem Violência, Sem Preconceito! Educar para a Cidadania com Afetos!” onde em antecipação a esta data se pretendeu dar o mote para promover nas escolas o debate e reflexão sobre estes estereótipos e preconceitos ao abordar as questões do bullying homofóbico e de preconceitos em relação a pessoas LGBTI.
Pode assistir ao webinar completo aqui, ou assistir ao que cada interveniente partilhou individualmente, aqui.
“Um movimento em direção à inclusão não é negociável. Ignorar a inclusão significa contrariar os esforços de quem luta para construir um mundo melhor. Podemos não alcançá-la por completo, mas é a nossa única opção”.
Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO In Relatório De Monitorazão Global Da Educação – Resumo. Inclusão E Educação: Todos, Sem Exceção