A Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela e o serviço educativo do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal organizam no próximo dia de 22 de abril, pelas 10h00, uma Entrevista em Campo com...Catarina Meireles, da Universidade de Évora. Intitulada “Trazer a água e as zonas húmidas da serra da Estrela às nossas vidas: Rio de Beijames”, esta iniciativa tem com objectivo a celebração do Dia Mundial das Zonas Húmidas, no âmbito do projeto aprovado pela Medwet – Uma iniciativa para as zonas húmidas mediterrâneas. De participação gratuita, esta atividade é dirigida a alunos do ensino básico e secundário e ao público em geral, e pretende dar a conhecer a Convenção Ramsar, sensibilizando para a necessidade de proteger e conservar as tão ameaçadas zonas húmidas, bem como a biodiversidade a elas associada, dando como exemplo o caso do rio de Beijames.
A convenção Ramsar é um acordo ambiental internacional adotado a 2 de fevereiro de 1971 na cidade Iraniana Ramsar, do qual Portugal faz parte. O principal objetivo desta convenção é reverter a crescente perda e degradação das zonas húmidas para aves aquáticas migratórias através da designação de sítios Ramsar protegidos e dedicados à conservação da natureza. Em Portugal existem 31 sítios Ramsar e dois deles estão localizados no Parque Natural Serra da Estrela: o Planalto Superior da Serra da Estrela e a parte superior do rio Zêzere (http://www2.icnf.pt/portal/pn/biodiversidade/ei/ramsar).
A comemoração do dia mundial da Terra foi criada a 22 de abril, em 1970, pelo senador norte-americano Gaylord Nelson num protesto contra a poluição da Terra, depois do desastre petrolífero de Santa Bárbara, na Califórnia, ocorrido em 1969. Neste dia, o mais importante dia do ano para o planeta, milhões de pessoas se juntam realizando eventos por todo o mundo que sensibilizam a humanidade para a necessidade de cuidar da Terra! Também nós nos juntamos a esta celebração alertando para importância da conservação da biodiversidade. Tentando aproximar os estudantes, as famílias, os órgãos decisores e toda a comunidade da natureza, porque só podemos proteger o que conhecemos!
É por isso que convidamos, no próximo dia da Terra a investigadora Catarina Meireles, coordenadora do programa Life Relict, na Universidade de Évora, a partilhar connosco os seus conhecimentos sobre os bosques de azinheiras e as espécies ripícolas que existem nas margens do rio de Beijames.
A entrevista será gravada e publicada no canal YouTube da ASE e do Tagis, ficando acessível ao público geral e escolar. Assim podemos, em tempos de pandemia, celebrar o dia mundial da Terra e promover a importância das zonas húmidas e da biodiversidade no equilíbrio dos ecossistemas, conforme o lema central da Estratégia Nacional para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade: Trazer natureza para as nossas vidas!
Programa
10h00 min. Ponto de encontro: barragem do rio de Beijames
10h15 min. Percurso circular interpretativo da biodiversidade ripícola e bosques de azinheira. Importância da conservação das zonas húmidas na proteção dos habitat e das espécies.
13h00 min. Final do percurso.