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A ancestral paisagem do Alentejo interior, um mosaico de retalhos de searas, olivais tradicionais e pousios, permitiu, ao longo de séculos, conciliar as atividades locais com a conservação de habitats e espécies que fazem parte do nosso património.
No entanto, na última década têm-se verificado alterações de uso do solo muito significativas nesta região, pondo em risco a conservação destes ecossistemas, em alguns casos de forma irrecuperável. As práticas de uma agricultura intensiva, ou a instalação de parques solares, em sítios de interesse botânico, são uma ameaça emergente à conservação da flora única desta região.