O webinar/mesa-redonda “A liberdade dos media: vítima da guerra?” decorreu no passado dia 17 de março, através da plataforma zoom da DGE. Uma iniciativa do Grupo Informal sobre Literacia Mediática (GILM*).
Moderado pela Diretora de Informação da Agência Lusa, Luísa Meireles, esta mesa contou com a presença da Professora Rita Felgueiras, da Universidade Católica, do jornalista e comentador, Daniel Oliveira e do jornalista da Agência Lusa, editoria internacional, Pedro Caldeira Rodrigues.
Como ponto de partida para esta reflexão, colocou-se a questão se não será a liberdade dos media outra vítima desta guerra?
A guerra na Ucrânia, além do confronto no terreno, também se desenvolve nos media, tradicionais e novos media, pela cobertura jornalística, intervenção de analistas e comentadores, participação de pessoas comuns, que captam e partilham imagens, pelos serviços de informação e de atividades de desinformação. Os media também se transformaram em arma e em alvo do conflito. A este propósito, tem sido merecedor de atenção o blackout informativo imposto pelas autoridades russas, designadamente a criminalização do uso de certas palavras e atuações jornalísticas, bem como a imposição de obstáculos à atividade dos media estrangeiros na Rússia. Também tem sido assinalada a proibição dos serviços Russia Today e Sputnik na União Europeia, por serem considerados instrumentos de desinformação.
Por outro lado, também tem sido questionada a cobertura jornalística da guerra, em especial a televisiva, havendo quem chame a atenção para o recurso, sem a necessária verificação, a imagens captadas por cidadãos e por agentes das partes em conflito.
Importa, assim, refletir sobre o modo como os media estão a cobrir a guerra e sobre o modo como as autoridades estão a lidar com os media.
Caso não tenha tido oportunidade de assistir, o webinar já está disponível no canal youtube da Direção-Geral da Educação (Playlist da Educação para a Cidadania.)
* O GILM é atualmente constituído pelas seguintes entidades: Agência LUSA; Centro Nacional de Cibersegurança; Comissão Nacional da UNESCO (CNU); Conselho Nacional de Educação (CNE); Direção-Geral da Educação (DGE); Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC); Escola Superior de Comunicação Social (ESCS-IPL); Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA); Observatório da Comunicação (OberCom); Rádio e Televisão de Portugal (RTP); Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) e Vítor Tomé, na qualidade de perito em Educação para a Cidadania Digital.