Iniciada às 10 horas, no Palácio Pimenta do Museu de Lisboa, a cerimónia acabou às 18 horas e 30 minutos, no Padrão dos Descobrimentos, onde as delegações das diferentes escolas/colégios que aderiram ao Programa receberam o selo Escola Anticorrupção, depois da apreciação dos seus trabalhos por um júri de que fez parte a DGE.
Na sua intervenção, Ângela Malheiro, vice-presidente da All4Integrity e Diretora do programa RedEscolas AntiCorrupção, afirmou que “a cerimónia final da 1ª Edição da RedEscolas foi pensada para celebrar não só o pioneirismo deste programa educativo mas também das 17 escolas que entre Marco de Canaveses e Évora passando pelo Funchal e Macau desenvolveram inúmeros projetos interdisciplinares, em relação direta com as suas comunidades, com um propósito comum – a promoção de uma cultura de integridade. O programa RedEscolas conta, a partir de hoje, com cerca de 1400 embaixadore(a)s que agora integram as Escolas AntiCorrupção.”
Na sessão de abertura do evento, discursaram Ângela Malheiro, Joana Monteiro, diretora do Museu de Lisboa e André Correa d’Almeida, Presidente da ONG portuguesa All4Integrity, seguidos de Laurinda Alves, Vereadora do Pelouro da Educação e Juventude da Câmara Municipal de Lisboa, intervindo com o tema “Jovens e Cidadania: heróis reais num tempo de esperança” e Alexandre Abrantes Neves, Presidente de Júri do Concurso Escolar da 1ª edição do Programa RedEscolas Anticorrupção, que fez a apresentação “Educar para uma Cultura de Integridade – Missão Possível!”.
De seguida, os participantes, em pequeno grupo, tiveram a oportunidade de colocar perguntas a Joana Marques Vidal, ex-Procuradora Geral da República, no âmbito da “Justiça – Transparência e Integridade”, André Corrêa d’Almeida abordando “O (i)mobilismo da sociedade – causas efeitos, caminhos” e Rute Serra, membro da Direção do Observatório de Economia e Gestão da Fraude, tendo como matéria “Fraude e corrupção: riscos para a sociedade”.
André Corrêa d’Almeida destacou o papel transformador da educação e das escolas na promoção, junto dos jovens, do sentido de espaço público e bem comum, bem como a confiança e empatia por instituições locais, num processo de elevação de consciências e alteração de comportamentos que favoreçam a disseminação e aprofundamento de uma cultura de integridade em Portugal.
Já no Padrão dos Descobrimentos, o núcleo artístico Dobrar protagonizou um momento teatral apresentando o “Código de Conduta do Carteirista Profissional”. Tiverem ainda lugar Sessões sobre “Educação em Ação e o Poder”, com as intervenções de Carla Castro, Vice-Presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República e de Joana Almeida, Vereadora do Pelouro da Transparência e Combate à Corrupção da Câmara Municipal de Lisboa e “Escolas e Embaixadores AntiCorrupção”.
Dado o êxito desta 1ª edição, terá lugar em julho do presente ano, com data a anunciar, o lançamento da 2ª edição do programa RedEscolas.
O trabalho de vários alunos de 17 escolas portuguesas sobre o tema da corrupção foi, assim, homenageado pelo programa RedEscolas 21-22, projeto pioneiro em Portugal, que pretende sensibilizar os jovens para a temática da corrupção e procura encarar o problema como mais do que algo reservado à política.
Cada uma destas escolas organizou, durante o ano letivo que agora termina, exposições, concertos e campanhas que encorajaram 1400 alunos a pensar sobre os temas da integridade e da corrupção. No encerramento da 1.ª edição do programa RedEscolas, foram homenageados esses grupos de alunos, representantes de escolas portuguesas nacionais e internacionais, que quiseram tornar a suas escolas em redes de cidadania.
Ao todo, a 1ª edição do Programa contou com a participação de 1349 aluno(a)s e 28 professore(a)s do ensino público e privado, regular e profissional, de Marco de Canaveses a Évora passando pelo Funchal e Macau.